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04/03/2020

EUA retomam importação de carne in natura do Brasil


Depois de mais de dois anos de embargo, os Estados Unidos liberaram as compras de carne bovina in natura do Brasil. As compras de cortes bovinos do Brasil foram suspensas pelo país americano em 2017, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa.

No comunicado encaminhado ao Mapa, o Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos (FSIS, na sigla em inglês) disse que o Brasil corrigiu os problemas sistêmicos que levaram à suspensão e está restabelecendo a elegibilidade das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos a partir do dia 21 de fevereiro de 2020. Além disso, o FSIS encerrará os casos pendentes de violação de pontos de entrada associado à suspensão de 2017.

Antes da primeira remessa, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa (Dipoa) deve enviar uma lista atualizada de estabelecimentos elegíveis certificados.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Ministério da Agricultura, quatro unidades estavam habilitadas a vender carne in natura para os Estados Unidos: três plantas da JBS, localizadas em Nova Andradina, Naviraí e Campo Grande e uma unidade da Marfrig, em Bataguassu, mas novas habilitações podem ocorrer após visitas técnicas das autoridades norte-americanas.

“A reabilitação desse mercado para a carne brasileira é mais uma opção de saída de produto e cria um cenário favorável em termos de demanda. Temos também as implicações decorrentes do coronavírus, por isso, voltar a exportar carne in natura para os EUA têm um impacto fundamental em termos de produto. Essa reabertura dos norte-americanos mostra aos demais países a qualidade do nosso produto, do nosso sistema de sanidade animal e abre possibilidade de comércio com outros mercados”, comentou Jaime Verruck, secretário da Semagro.

Exportações de carne de MS para os EUA

Em Mato Grosso do Sul, as exportações de carne bovina para o exterior intensificaram-se, principalmente a partir de 2005. De 2006 a 2014, pode ser considerado de maior expansão chegando a 7 vezes maior em temos de toneladas com chegando a 145 mil, embora em termos de dólares tenha representado o dobro (14 vezes) chegando a 677,8 milhões de dólares, em 2014. Após esse período de expansão, o produto sofreu uma queda de 2015 a 2016, retomando a expansão a partir de 2017, chegando a 183,8 mil toneladas com 690 milhões de dólares em exportações em 2019.

Em 2016, quando o mercado dos EUA foi aberto para o produto in natura pela primeira vez, especialistas estimavam que o mercado poderia render, no máximo, US$ 300 milhões por ano. O Brasil deve exportar, principalmente, cortes do dianteiro bovino para a fabricação de hambúrguer nos EUA.

Embora os Estados Unidos seja um dos principais destinos da carne bovina de Mato Grosso do Sul, sua participação, em relação às exportações totais, somente em 2017 teve uma parcela significativa chegando a 4,2%. Os valores exportados chegaram a 21 milhões de dólares em 2017, representando 4,2%, embora em 2018 representou o mesmo patamar de 2013, cerca 0,1% do total exportado para o exterior.

Por: Mapa e Assessoria de Comunicação da Semagro

Foto: Divulgação/Abiec/Arquivo

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